História da Igreja

São Bento
São Bento de Nursia. Detalhe do afresco por Fra Angelico
Abade e Patrono da Europa
Nascimento 24 de Março de 480 em Norcia(ÚmbriaItália)
Morte 21 de Março de 547 em Monte Cassino
Veneração por Igreja CatólicaIgreja AnglicanaIgreja Ortodoxa,Igreja Luterana
Canonização 1220
Principaltemplo A Abadia do Monte Cassino,e também Saint-Benoît-sur-Loire,perto de Orleães,Françae Sacro Speco, em Subiaco
Festa litúrgica 11 de julho
Atribuições Cruz, livro da Regra, sino, copo quebrado, serpente representando veneno, uma vareta de disciplina, corvo e pão.
Padroeiro EuropaAlemanha,intercessores
Gloriole.svg Portal dos Santos

https://pt.wikipedia.org/wiki/Bento_de_N%C3%BArsia

Bento de Núrsia, São (480-547)

Nasce em Núrsia (Lombardia). Fundador da ordem beneditina e pai do mosteiro ocidental. Proclamado patrono da Europa, em 1964, por Paulo VI, por sua contribuição bem como a de seus monges para a evangelização e civilização de diversas regiões deste continente.

Sobre a vida de São Bento, temos a testemu­nha de quatro de seus discípulos, tal como apare­ce nos Diálogos de São Gregório (l.II). Sabemos, de fato, que nasceu de uma boa família de origem lombarda e que foi mandado para estudar na de­cadente Roma dos godos e do nascente poder dos papas. Enojado de Roma, logo se retirou para Subíaco, a uns 50 km ao leste de Roma, nas ca­deias dos montes Abruzos. Aí viveu três anos como eremita em completa solidão. Obrigado a presidir um grupo de monges, chegou a fundar até doze mosteiros com doze monges em cada um. De Roma vieram patrícios e senadores para colocarem-se sob sua direção. Discípulos desta época foram Mauro e Plácido, que sempre o acom­panharam.

Depois desses primeiros ensaios, estabeleceu­se em Monte Cassino, no meio do caminho entre Roma e Nápoles, onde permaneceu até a sua morte. A etapa em Monte Cassino foi a mais es­tável e fecunda, onde fundou propriamente a or­dem beneditina e redigiu e ensaiou sua famosa Regra. Quem quiser conhecer São Bento, terá de buscar a regra que São Gregório definiu como monumento “claro por sua linguagem e eminen­te por sua discrição”.

São Bento começou sua vida monacal como eremita solitário. Percebeu, entretanto, as dificul­dades e perigos espirituais desse tipo de vida. Sua regra observa uma vida totalmente em comum, sob a obediência ao abade do mosteiro e na qual

o monge se vincula a ele por toda a sua vida. Nessa regra reconheceram-se elementos da tradição le­gados pelos padres do deserto, por Santo Agosti­nho e, principalmente, por Cassiano. A crítica moderna assinala também, na composição da re­gra, a inclusão de um documento anônimo co­nhecido como a Regra do mestre — Regula magistri . Não existe, no entanto, unanimidade entre os críticos sobre a certeza da inclusão deste documento. Assim, quase um terço da chamada regra de São Bento derivaria da Regula magistri. O prólogo e os capítulos sobre a humildade, a obediência e o abade teriam sido derivados desta. De qualquer maneira, a regra que se impôs em toda a Europa por sua prudência e discrição foi a chamada regra de São Bento, conhecida até hoje como tal.

�.                 De um nível constitucional, a regra de São Bento é a primeira tentativa séria de racionaliza­ção da vida e da atividade de uma comunidade de homens. Sob o lema de “Ora et labora”, tenta-se realizar o “opus Dei”, distribuindo racionalmen­te o tempo da jornada diária entre oração, traba­lho, descanso e sono (de 7-8 horas diárias). A jor­nada de trabalho diurno está igualmente distribu­ída em 5 horas de oração litúrgica e particular, 5 horas de trabalho manual e outras 5 horas de lei­tura da Bíblia, estudo, pesquisa.

�.                 Em toda a vida monástica permanece o sen­tido da compreensão humana e cristã: prudência e compreensão. Nada de dureza nem rigidez. O mosteiro ou abadia é como uma família, uma casa ou lar independente e autônomo. O abade é sua figura central: é o pai, primus inter pares, que governa e dirige com discrição a vida da comuni­dade e dos diferentes tipos de pessoas segundo sua idade, capacidade, disposições e necessida­des tanto materiais quanto espirituais. A modera­ção deve presidir sua vida e a dos monges.

�.                A obediência, que faz do mosteiro “uma escola de serviço do Senhor” (Prólogo), a humil­dade em seus dozes graus (c. 7), a pobreza: “o vício da propriedade privada deve ser erradicado especialmente do mosteiro” (c. 33) e o trabalho: “a ociosidade é inimigo da alma” (c. 48), e a ora­ção ou “opus Dei” levarão o monge à altura da doutrina e perfeição (c. 73).

 

BIBLIOGRAFIA: D. João Evangelista, OSB, Regra de São Bento; D. Basílio Penido, OSB, Regra de São Bento; R. Molina, San Benito, Fundador de Europa (BAC), 1980; La Regla de San Benito. Edição de G. M. Colombás-Aranguren (BAC), 1970. 

 
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