Freire, Paulo (1921-1997)
Pedagogo e filósofo brasileiro nascido em Recife. No departamento de Educação e Cultura da Universidade de Pernambuco criou os círculos de cultura popular que deram lugar ao movimento de Educação de Base, patrocinado pelo episcopado brasileiro (1961). Posteriormente exilou-se no Chile (1964), para trabalhar depois na UNESCO (1968), no *Conselho Mundial das Igrejas (1970) e no Centro Intercultural de Documentação de Cuernavaca (CICDC), colaborando com I. Illich.
Paulo Freire transformou-se num autor clássico e muito popular na pedagogia do século XX. Defende uma educação humanista e libertadora, baseada nestes princípios: a tomada de consciência do oprimido sobre a realidade sociocultural; a educação como prática da liberdade e o processo de alfabetização como uma forma de reconstrução da realidade. Sobre a base de conscientização ou aproximação crítica da realidade, escreveu obras como Consciência e Alfabetização (1963); A educação como prática da liberdade (1967); Pedagogia do oprimido (1979); Método psicossocial (1970); Ação cultural para a liberdade (1972) etc.
Nas suas duas últimas obras surgidas em castelhano: La naturaleza política de la educación (1990) reuniu suas idéias e obras dos últimos anos e vincula, em parte, sua obra à da Teologia da Libertação. Esta, de fato, inspira-se na educação libertadora de Paulo Freire, apoiando seus métodos. A segunda: Alfabetización: lectura de la palabra, lectura de la realidad (1989), em colaboração com Donaldo Macedo, é um diálogo em torno da alfabetização, em que se examinam as experiências realizadas em países do Terceiro Mundo.
Como conclusão geral, devemos afirmar que a pessoa e a obra de Paulo Freire estão intimamente ligadas à revolução cultural dos países do Terceiro Mundo. Além disso, vem inspirando grande parte dos movimentos de libertação pacífica suscitadas pela Igreja, de maneira particular pela Igreja do Brasil, em todo o mundo. (*Teologia da libertação, *Boff, Hélder *Câmara).
BIBLIOGRAFIA: Ação cultural para a liberdade e outros escritos; Alfabetização; Aprendendo com a própria história; Cartas a Cristina; Cartas a Guiné-Bissau; Contribuições da interdisciplinaridade; Cuidado, Escola!; Dilemas sócio-ambientais e desenvolvimento sustentável; Ecucação como prática da liberdade; Educação e mudança; Educação na cidade; Essa escola chamada vida; Extensão ou comunicação?; Fazer escola conhecendo a vida; Importância do ato de ler; Pedagogia do oprimido; Por uma pedagogia da pergunta; Professora sim, tia não e outras.
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