História da Igreja

Gregório Nazianzeno, São (330-390)

Amigo pessoal de São *Basílio, sua vida cor­reu paralela à deste último: monge, bispo, prega­dor e escritor. Nascido em Nazianzo, foi educado em Cesaréia, Alexandria e posteriormente em Atenas, onde conheceu São Basílio. Primeiro monge e depois bispo de Sásima e de Constantinopla (379), sua incapacidade para go­vernar obrigou-o a se retirar para a vida solitária e dedicar-se ao trabalho literário. Morreu em Arianzo.

Os traços mais característicos de sua vida são sua fidelidade e colaboração com a obra de São Basílio, sua luta contra o arianismo e semi­arianismo e os imperadores *Juliano e Valente, defendendo a doutrina trinitária tal como ficou expressa em “o credo comumente chamado de Nicéia”; sua doutrina contra o apolinarismo, na qual defende a integridade da natureza humana em Cristo.

A obra literária de Gregório Nazianzeno com­preende discursos, cartas e poesias. Em colabo­ração com São Basílio devemos situar sua pri­meira obra chamada Filocalia, uma antologia do pensamento teológico e devocional tomado das obras de *Orígenes. De seus sermões, que ele chama de Orações teológicas, que lhe valeram o título de “teólogo”, destacam-se 5 dos 45 que conservamos. São os que vão do número 27 ao

31. Foram pronunciados em Constantinopla e destinados a justificar a doutrina trinitária contra

o ariano Eunômio e o semi-ariano Macedônio. Suas numerosas cartas, com um estilo bem cui­dado, aludem a sucessos de sua vida, a seus pa­rentes. Somente a última se refere a questões teo­lógicas.

O restante de seus escritos, as poesias, são de caráter polêmico. Há um longo poema autobio­gráfico conhecido como Carmen de se ipso, e muitos pequenos poemas de escasso valor poéti­co. São dirigidos especialmente contra os apolinaristas.

O valor de São Gregório está vinculado, como nos padres capadócios, à sua luta contra o arianismo; a defesa da fé de Nicéia, principalmen­te na sua afirmação trinitária e cristológica, sua eloqüência posta a serviço da causa comum da Igreja: entre seus ouvintes teve uma testemunha de exceção, o jovem estudante da Bíblia: São Jerônimo; e finalmente seu sentido da paz e da concórdia, que o levou a renunciar a seu bispado em Constantinopla. Para sermos completos, terí­amos de aludir à sua incapacidade para o gover­no e cuidado pastoral, ainda que as condições e circunstâncias que o rodeavam não fossem nada favoráveis.

BIBLIOGRAFIA: Obras: PG 35-38; J. Quasten, Patrología, II, 251s., com a bibliografia e textos ali citados. 

 

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