Livros penitenciais (séc. VII-XII)
Com esse nome designam-se catálogos de pecados e de penas expiatórias, destinados principalmente a guiar os sacerdotes no exercício de seu ministério, em especial na administração do Sacramento da Penitência. Preenchem o período que transcorre entre o final da época patrística e
o século XII. Aparecem no Ocidente no início da Idade Média, quando a penitência canônica cedeu passagem ao regime de penitência privada. Os Penitenciais têm uma grande importância na evolução da penitência na Igreja. Sua pátria de origem é a Irlanda; desenvolvem-se nas comunidades célticas da Grã-Bretanha, passam ao continente e se estendem principalmente pela Alemanha, França e Espanha. Têm seu apogeu entre os anos 650 e 800. Ante a proliferação excessiva e a confusão que criaram, surgiu frente a eles uma reação negativa por parte dos bispos durante a reforma carolíngia. Aparecem novamente durante a reforma gregoriana (850-1050). A era dos Penitenciais termina com Graciano (1140). Em geral, os Penitenciais são obras anônimas, constituídas por longas listas de pecados, com sua valorização moral e sua pena ou castigo corres
pondente. A ordem ou esquema seguido neles é muito variado.
BIBLIOGRAFIA: L. Vereecke, Introducción a la historia de la teología moral. PS, Madrid 1969; M. Vidal, Moral de Actitudes, I Madrid 51981, 105s.
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