História da Igreja

Schopenhauer, Arthur (1788-1860)

Filósofo alemão que influenciou grandemente a filosofia e a literatura dos séculos XIX e XX. Professor da Universidade de Berlim (1820), abandonou o ensino em 1831 para viver em seu retiro de Frankfurt. Sua filosofia é uma reação ao idealismo de Hegel e prepara, de alguma forma, a filosofia existencial do pessimismo. Seu pensa­mento foi fortemente influenciado pela filosofia e pelas concepções religiosas da Índia.

Schopenhauer inicia sua obra antes de chegar a ser professor em Berlim com a obra que o tor­nou conhecido em todo o mundo: O mundo como vontade e representação (1818). O restante sur­giu ao longo dos 28 anos do seu retiro de Frank­furt. Destacam-se: A vontade na natureza (1836);O livre-arbítrío (1839); Os dois proble­mas fundamentais da ética (1841); Dores do mun­do; A vontade de amar. E as duas obras póstu­mas: Aforismos sobre filosofia de vida e Pensa­mentos e fragmentos.

Constrói toda a sua filosofia sobre a represen­tação que compreende o sujeito e o objeto e so­bre o conceito de vontade e de força. O mundo é uma representação — não pode ser concebido senão como representado numa inteligência — e

o substrato deste mundo aparente ou fenomênico é o que ele chama de “vontade”. A realidade por­tanto se reduz a sua aparência. Para além dessa aparência, coloca-se a coisa em si, que devemos interpretar como uma vontade que se mostra em forma de impulso cego e irracional e que é sem­pre uma vontade de viver.

Em cada um de nós, tal vontade manifesta-se como exigência de felicidade e auto-afirmação que jamais está satisfeita. Por sua vez, o mundo é campo de luta onde cada um quer dominar. O mal, a dor e a crueldade do mundo expressam a natu­reza básica da realidade. O mal nunca poderá ser vencido, porque faz parte da realidade. A liberta­ção da dor e do mal inspiraram Schopenhauer à análise pessimista das condições da vida que ca­racterizou sua filosofia. Pela contemplação esté­tica, a castidade que nega a espécie e o ceticismo que esgota os desejos e paixões, o homem conse­guirá libertar-se, refugiando-se no nirvana da re­ligião da Índia. A salvação é alcançada assim mediante a renúncia à vontade de viver, da qual resulta a resignação. Nem o teísmo nem o panteísmo podem fazer nada contra o mal. O melhor é rejeitá-los. Nessa resignação, Schopenhauer fundamenta sua moral na piedade, que procede da consciência de identidade essen­cial dos seres.

BIBLIOGRAFIA: Obras: O mundo como vontade e re­presentação; Sobre a vontade na natureza, 1934; O livre arbítrio, 1934; O fundamento da moral, 1896; Parerga e Paralipômena, 1926, 2 vols.; Adalbert Hamel, A. Schopenhauer y la literatura española, 1925. 

 

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