Doutores da Igreja (séc. XIII)
O título de “Doutor da Igreja” é tardio. Remonta a Bonifácio VIII, que em 1298 nomeou Ambrósio, Jerônimo, Agostinho e Gregório Mag-no como padres e doutores da Igreja (*Padres da Igreja).
Não se deve confundir, entretanto, o título de “padre da Igreja” com o de “doutor”. Às notas características dos padres da Igreja, — ortodoxia de doutrina, santidade de vida, Antigüidade e aprovação da Igreja —, os doutores têm de acrescentar dois requisitos importantes: erudição eminente e expressa declaração da Igreja. A atual lista de doutores da Igreja supera o número de trinta. Alguns deles foram nomeados vários séculos depois de sua morte. Tal ocorreu com Santo Antônio de Pádua, que morreu no séc. XIII, e foi declarado doutor no séc. XX por Pio XII. Algo parecido e mais surpreendente é o caso das duas mulheres doutoras: santa *Catarina de Sena e Santa *Teresa de Jesus, incluídas nos catálogos de doutores em 1970.
�. A “autoridade” dos doutores da Igreja é importante enquanto interpretam “a tradição e o sentimento comum e o fazem avançar”. São testemunhas culminantes do pensamento da Igreja, e sua vida exemplar lhes dá um peso específico. A teologia positiva valoriza o seu testemunho e doutrina na hora de expressar e formular o pensamento da Igreja. Não obstante, são filhos de seu tempo e seu valor deve submeter-se a condicionamentos de escola, opiniões e estilos do mesmo.
Não se deve confundir o título de “doutores da Igreja” com o de “doutores escolásticos”. Esse último era o título que, nas universidades da Ida-de Média, se dava aos professores que se sobressaíam, eminentes em alguma matéria ou em al-gum tipo de habilidade ou em alguma nota que representasse toda a sua personalidade, por exemplo Doctor subtilis, Doctor invincibilis, Doctor sublimis etc.
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